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14 de abril de 2010

Taiane e Jaditania

Há um texto escrito por Roberto Crema que gosto muito e quero dividir com a turma, diz assim:

"Ninguém muda ninguém.Ninguém muda sozinho. Nós mudamos no encontro.
Simples, mas profundo, preciso.
É nos relacionamentos que nos transformamos.
Somos transformados a partir dos encontros desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e o sentimento do outro.
Você já viu a diferença que existe entre as pedras que estão na nascente de um rio e as pedras que estão em sua foz?
As pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas. À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio, sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desgastadas.
Assim também agem nossos contatos humanos.
Sem eles a vida seria monótona, árida.
A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos bons ou ruins sem a existência do outro, sem o seu contato.
Passar pela Vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro é não crescer, não evoluir, não se transformar.
É começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa.
Quando olho para trás vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pessoas extremamente importantes. Pessoas que, no contato com elas me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando arestas, transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado.
Outras, sem dúvida, com suas ações e palavras me criaram novas arestas que precisam ser desbastadas.
Faz parte...
Revezes momentâneos servem para o crescimento.
A isso chamamos experiência.
Penso que existe algo mais profundo ainda, nessa análise.
Começamos a jornada da vida como grandes pedras cheias de excessos.
Os seres de grande valor percebem que ao final da vida foram perdendo todos os excessos que formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua essência e ficando cada vez menores, menores, menores...
Quando finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência e importância do outro, e principalmente da grandeza de Deus, é que nos tornamos grandes em valor.
Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado?
Sabemos quanto se tira de excesso para chegar no seu âmago.
É lá que está o verdadeiro valor...
Pois Deus fez a cada um de nós com um âmago muito forte e muito parecido com o diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de Amor.
Deus deu, a cada um de nós, a capacidade de amar... Mas temos que aprender como. Para chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir lapidando todos os excessos que nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar.
Por muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos ruins.
Não entendia que ser ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado faz parte da construção do aprendizado do amor.
Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos estes sentimentos contraditórios e... os superando.
Ora, esses sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento...
E envolvimento gera atrito.
Minha palavra final: Atrite-se! Não existe outra forma de descobrir o Amor. E sem ele a Vida não tem significado!


Pude relacionar este belíssimo texto com as aulas de Psicologia Social ministrada pela professora Carmedite:

A psicologia social é definida por Aroldo Rodrigues como "o estudo das manifestações comportamentais suscitadas pela interação de uma pessoa com outras pessoas."
Não podemos imaginar vivermos totalmente sozinhos neste mundo, isto porque, somos animais sociais, criaturas que se agrupam, dependem umas das outras física e psicologicamente durante toda a vida. Um relacionamento com outros seres humanos é uma necessidade à sobrevivência e ao bem-estar. Nós nascemos com a predisposição para nos tornarmos seres sociais e para isso, precisamos passar por vários processos de socialização que vão formando a nossa concepção de mundo. Portanto, tudo que se passa dentro de nós foi construído na sociedade, no encontro, na vivência com o outro.
A formação do conjunto de nossas atitudes (crenças, valores, opiniões) se dá no processo de socialização, quando nos tornamos membro de um determinado conjunto social, aprendemos seus códigos, suas normas e regras básicas de relacionamento e nos apropriamos dos mesmos.
Concluímos que a vida humana é inevitavelmente uma vida de encontros, uma vida grupal de relação e interação com o outro!

Jussara

Eu já dei risada até a barriga doer, já nadei até perder o fôlego, já chorei até dormir e acordei com o rosto desfigurado.
Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista, psicologo. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora(rs). Já passei trote por telefone, já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo, Já fiz confissões antes de dormir num quarto escuro pro melhor amigo. Já confundi sentimentos, Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas "são as mais dificeis de se esquecer".
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Conheci a morte de perto, e agora anseio por viver cada dia.
Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, ouvindo estrelas. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite pra fazer xixi e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para sempre" pela metade...
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.

E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: "- Qual sua experiência??? " Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência...experiência..." Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência?? Não???
Talvez eles não saibam como é bom e prazeroso colher sonhos!"

Colegas, essa poema de Félix Coronel, muito lindo!! Faz a gente recordar, sorrir e se emocionar de coisas que fizemos ao longo de nossas vidas!! Dúvido que vocês não tenho se identificado com uma dessas experiências??
E assim me faz lembrar da nossa Psicologia Social, os assuntos, experiências, risadas, a troca de informacoes durante as aulas com nossa Carmedite!! Uau NOSSA!!!(rs).
Observar, perceber o outro, gostar ou nao, aceitar, odedecer, se coformar ou ser conformista? socializar nossas vidas, aprender a respeitar atitudes e comportamentos do outro, falar de amor, de ajudar ao proximo....dentre tantas outras coisas....experiências vividas por nós que ficarão para sempre!! Viva o Hoje!!!
Jhu Oliveira, B-jus

Fabricia e Lenine

Psicologia Social no Brasil
A psicologia social no Brasil tem início nos estudos etnopsicológicos de Nina Rodrigues em 1900, O animismo feitichista dos negros africanos e As coletividades anormais, ou melhor, como coloca Laplantine (1998) nos estudos que revelam o confronto entre a etnografia e a psicologia. Materiais etnográficos recolhidos a partir de observações muito precisas são interpretados no âmbito da psicologia clínica da época. Nina Rodrigues considera os problemas da integração das populações européias às advindas da diáspora africana que segundo ele constituem o principal obstáculo para o progresso da sociedade global.
Muitos autores brasileiros seguiram essa linha de raciocínio que oscilava entre os pressupostos biológicos racistas da degenerescência racial, uma interpretação psicológica (instabilidade do caráter resultante do choque de duas culturas) até as modernas interpretações sociológicas iniciadas a partir de 1923 com os estudos de Gilberto Freyre autor do reconhecido internacionalmente Casa grande e senzala.
Com o título de Psicologia Social vamos encontrar o trabalho de Arthur Ramos (1903-1949) foi o professor convidado para ministrar o curso de psicologia social na recém criada Universidade do Distrito Federal no Rio de Janeiro (1935) e logo desfeita pelo contexto político da época. Não fugiu a clássica abordagem do estudo simultâneo das inter-relações psicológicas dos indivíduos na vida social e a influência dos grupos na personalidade mas face a sua experiências anteriores nos serviços de medicina legal e médico de hospital psiquiátrico na Bahia tinha em mente os problemas da inter-relação de culturas e saúde mental (com atenção especial aos aspectos místicos - primitivos da psicose) retomando-os a partir das proposições da psicanálise e psicologia social americana situando-se criticamente entre as tendências de uma sociologia psicológica e uma psicologia cultural.
Nas últimas décadas a psicologia social brasileira, segundo Hiran Pinel (2005), foi marcada por dois psicólogos bastante antagônicos: Aroldo Rodrigues (empirismo e que adotou uma abordagem mais de experimental-cognitiva, por exemplo, de propagandas etc.) e, mais recentemente Silvia Lane (marxista e sócio-histórica).
Silvia Tatiana Maurer Lane e Aniela Ginsberg foram professoras fundadoras do Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Social da PUC-SP o primeiro curso de mestrado e doutorado da área a funcionar no Brasil, entre 1972 e 1983. Onde psicologia social é uma disciplina (teórica/prática) referendada em pesquisas empíricas sobre os problemas sociais brasileiros. Os textos desenvolvidos por professores e autores escolhidos são adotados como bibliografia básica na maioria dos cursos de Psicologia do Brasil e, também, em concursos públicos na área da saúde e educação. Receberam o prêmio outorgado pela Sociedade Interamericana de Psicologia (SIP), em julho de 2001.
O psicólogo bielo-russo Vygotsky - um fervoroso marxista sem perder a qualidade de psicólogo e educador - foi resgatado por Alexander Luria em parceria com Jerome Bruner nos Estados Unidos da América, país que marcou - e marca - a psicologia brasileira. Em 1962 é publicado nos EUA, e após a saída dos militares do governo brasileiro, tornou-se inevitável sua publicação no Brasil.
Os psicólogos sociais sócio-históricos, produzem artigos criticando o Estado e o modo neo-liberal de produção que tem um forte impacto na produção de subjetividades. As práticas são mais ativas e menos desenvolvidas em consultórios, e a noção de psicopatologia mudou bastante, reconhecendo como saudáveis as táticas e estratégias de enfrentamento da classe proletária

ECIVALDA SANTOS

"A VIDA, PARA SER VIVIDA COM TODO AMOR DESSA VIDA, É NECESSÁRIO QUE HAJA VIDA DE OUTRAS VIDAS" (autor desconhecido)

Este poema é uma confirmação do significado da interação social, que o homem isolado é uma ficção. a interação social é o processo que se dá entre dois ou mais indivíduos... Em síntese, dependemos uns dos outros para nos socializarmos.

PSICOLOGIA SOCIAL - CINTIA PALOMA E LILIAN RAMOS

Na aula de Psicologia Social do dia 31 de Março de 2010, ministrado pela professora Carmedite Moreira falou-se sobre o encontro social, um dos objetos investigados da área da psicologia. Um dos conceitos trabalhados foi a Percepção Social. Podemos observar, perceber o outro, não só a sua presença, mas a sua característica ( todo conjunto ) possibilitando que tenhamos uma “impressão” daquele indivíduo. A percepção do outro é uma forma de comunicação que depende da atribuição de significado a situação vivida. Para se ter essa percepção do outro, que foi feita uma brincadeira em sala de aula. Os alunos escolhiam uma pessoa da própria turma para sentar-se a frente e eram feitas três perguntas, e na medida em que a pessoa ia respondendo, essa pessoa pode ser vistas, observada. Através dessa brincadeira as pessoas puderam conhecer-se melhor, tirando assim impressões em que nós tínhamos umas com as outras. Pudemos nos conhecer, nos perceber, nos permitir ser conhecido, tirando assim aquela “velha impressão”.

Socialização Primária e Secundária

Olá colegas,

Acabei de ler duas reportagens muito interessantes e percebi que dá um link legal com os assuntos que foram abordados em sala.
O primeiro penso que envolve Socialização Primária, Socialização Secundária, Comunicação.
Sabemos que a Socialização Primária é vivida na infância, no convívio com a familiar. E a Socialização Secundária é a que introduz o individuo que já passou pela socialização primária a um novo contato, onde o mesmo passa a viver realidades diferentes e conhecer pessoas diferentes.
Então, ao ler a reportagem - Creche: quanta coisa eles aprendem, da revista Nova Escola - ano XXV - nº231 - abril 2010, pág.42, percebi que as crianças estão a cada dia saindo do convívio dos pais (Socialização Primária) mais cedo, pois os mesmos têm que trabalhar o dia todo e acabam optando por deixarem seus filhos em creches (Socialização Secundária). A reportagem aborda como é o processo de acolhimento e de atividades dessas crianças de 1 e 2 anos de idade em uma instituição que fica em São José dos Campos/ SP.
Esse processo foi listado da seguinte forma:
1. Conhecimento e Imaginação = Exploração dos objetos e brincadeiras
2. Contato com a escrita = Linguagem oral e Comunicação
3. Domínio do Corpo = Desafios Corporais
4. O mundo para conhecer = Exploração do Ambiente
5. A construção da independência = Identidade e Autonomia
6. Expressão e Percepção Visual = Exploração e Linguagem Plástica
7. Produtores de música
Os pequeninos vão descobrir um mundo novo e como aprendem rapidamente é necessário que existam profissionais capacitados para acompanhar o seu desenvolvimento. A consultora em Educação Infantil e coordenadora da Escola de Educadores, em São Paulo, Beatriz Ferraz diz: Não se trata, por tanto, de escolarizar as crianças tão cedo, mas de apoiá lás em seu desenvolvimento.

Helenildes e Irisvone

Socialização: a importância na nossa vida - enviado por nossa colega Delza Borges

http://pt.wikipedia.org/wiki/socializa%C3%A7%C3%A3o

MONTEIRO, Manuela Matos, e outros, Psicologia B – 12ºano, 1ª parte, Porto Editor
PUBLICADA POR ULISSES EM 00:31,AUTORES 12.º B VÂNIA, A SOCIALIZAÇÃO

De certeza que a maioria das pessoas já ouviu falar em socialização. No entanto, muitas delas não sabe o que significa essa palavra. A socialização é o processo através do qual nós vamos interiorizando hábitos e características que nos tornam membros de uma sociedade. A socialização é um processo contínuo, que se inicia após o nascimento e se faz sentir ao longo de toda a nossa vida, terminado apenas quando morremos porque o nosso cérebro deixa de funcionar.
Podem ser referidos dois tipos de socialização: a socialização primária e a secundária.
Podemos definir socialização primária como sendo o processo pelo qual os seres humanos aprendem as coisas mais básicas da vida, tais como comer com talheres, andar, falar, vestir-se sozinhos, entre muitas outras. Estas “regras” são-nos ensinadas fundamentalmente pelos nossos pais e pela escola. Por exemplo, quando aprendemos a falar estamos a sofrer um processo de socialização primária e quem nos faz passar por esse processo são os nossos pais. É este conjunto de “regras” que faz com que estejamos integrados numa determinada sociedade. Como tal, este processo constitui um papel imprescindível na nossa vida.
Relativamente à socialização secundária, esta também é um processo de aprendizagem mas, tal como o nome indica, é secundária. Isto significa que sofremos este processo quando nos deparamos com novas e diversas situações ao longo da vida e temos de nos adaptar a essas situações. Por exemplo, quando nos casamos temos de nos habituar a uma nova forma de vida, viver com uma pessoa, partilhar os mesmos problemas, etc. Nem sempre é fácil uma adaptação a novas situações porque quando nos acomodamos a uma certa situação temos dificuldade em aceitar que a vida muda e já não é da mesma forma.
Ao longo de toda a nossa vida estamos constantemente a ser postos à prova e a passar por processos de socialização secundária. Cada nova situação que nos surge é uma nova adaptação que sofremos.
Por este motivo, a socialização é o processo que permite a cada indivíduo desenvolver a sua personalidade permite a sua integração na sociedade. Se repararmos, dois indivíduos reagem de forma completamente diferente perante a mesma situação, porque cada indivíduo é único e a sua personalidade também.
Como tal, resta apenas mencionar que é o fato de estarmos diariamente sujeitos a este processo que nos torna seres integrados numa sociedade e nos torna aquilo que cada um é.

Sirlene e Michele

A psicologia dos relacionamentos na internet.
Autor do artigo: Thiago Tavano Sammartino. Graduado mem psicologia pela universidade Fed. de S. Catarina.


Quer você goste ou não, a internet se tornou uma nova maneira de relacionamento social. Pessoas estão encontrando amigos, colegas, namorados e também, inimigos pela internet.
Já escutei pessoas dizerem que o relacionamento na internet não é de fato real, ou seja, não é como no “mundo real”. Segundo elas, esses relacionamentos são apenas algo passageiro, uma fase pela qual as pessoas passam. Algumas, mais críticas, dizem que não se pode comparar com os relacionamentos reais e que se alguém prefere se comunicar através de um “mundo virtual”, alguma coisa deve estar errada. Essa pessoa deve estar depressiva, com baixa auto-estima ou com medo de encarar um relacionamento real.
Será que isso é verdade? Será que é verdade que relacionamentos “reais” são superiores às relações virtuais?


Novamente, lendo alguns artigos do psicólogo John Suler, do Departamento de Psicologia do Centro de Ciência e Tecnologia da Rider University, encontrei um interessante artigo abordando este assunto.

O artigo é de 1997, portanto, num tempo onde grande parte das tecnologias atualmente existentes ainda não estavam presentes. Orkut, Google, Yahoo, e derivados ainda nem sonhavam em existir. O MSN surgiria apenas em 1998. Mas mesmo assim, apesar da gigantesca evolução tecnológica de lá pra cá, é possível fazermos uma reflexão das diferenças e semelhanças que ainda continuam apesar de todos esses anos.

O autor inicia seu texto com algumas definições diferenciando conceitualmente relacionamentos reais de relacionamentos virtuais. Segundo Suler um “relacionamento real” seria aquele em que o contato físico entre duas pessoas esteja presente, chamado de “Relacionamento presencial” (in-person relationships).

Quanto ao “relacionamento virtual”é dada a definição para aquele relacionamento que é “mediada por computadores”, carregando um sentimento de lugar e interação espacial.

Uma maneira de compreender este fenômeno social e humano é examinando os vários meios pelos quais as pessoas se comunicam, se conectam e se identificam uns com os outros. A linguagem, por meio das palavras, seria a mais poderosa delas e, a partir disso, já se pode levantar alguns aspectos que colaboram para que relações virtuais tenham sucesso e até algumas vantagens sobre as presenciais:(...).

Ver todo artigo no end.eletronico:
http://www.psicologisdigital.com

Alunas Sirlene Novaes e Michele Ribeiro

Silene e Azenilda

Por Silene Palmeira e Azenilda Santos

A Psicologia Social surge na Europa quando os psicólogos europeus começam a questionar a necessidade de compreender o contexto onde o ser humano está inserido. Essa compreensão faz-se necessária, pois o indivíduo é agente social e histórico, aspecto até então desconsiderado pela Psicologia.
No Brasil, a Psicologia Social encontrou no materialismo histórico e na lógica dialética de Marx uma maneira de aliar objetividade e subjetividade. O indivíduo agora não é algo distante e hipotético nem tampouco é somente uma máquina biológica, pois ele é entendido a partir de sua rede de relações. Essa combinação de objetividade e subjetividade permitiu aos psicólogos sociais brasileiros realizarem intervenções na rede de relações dos sujeitos sociais adequadas a realidade brasileira.

Nesse contexto, houve uma expansão da metodologia empírica, visto que, teorias abstratas em nada contribuem para a promoção de mudanças sociais. Sendo assim, o psicólogo social precisa considerar em suas análises as relações grupais, institucionais, governamentais e ambientais além do pensamento e da linguagem que resultam em ações sociais dos indivíduos concretos.

No entanto, o empirismo na Psicologia Social Brasileira não é compreendido ingenuamente. Pois, é ingênuo acreditar na possibilidade de se fazer pesquisa empírica com seres humanos em completa neutralidade, não interferindo no ser pesquisado. Portanto, o psicólogo social faz seu objeto de estudo a movimentação da relação entre pesquisador e pesquisados tornando a pesquisa científica e a prática social inseparáveis.

Fonte:http://ser-psico.blogspot.com/2009/04/psicologia-social.html

Elaine e Rosemary

Revista: ISTOÈ

Psicologia N° Edição: 1723 | 09.Out - 10:00 | Atualizado em 08.Dez.09 - 07:51
ISTOÉ COMPORTAMENTO
Pesquisado por -Elaine e Rosemary

À flor da pele
Chorar e se estressar por qualquer coisa pode não ser frescura, mas sintomas de alta sensibilidade
Camilo Vannuchi
As mulheres sonham com homens sensíveis, capazes de se emocionar e compartilhar gentilezas. Os rapazes querem garotas delicadas e carinhosas. Se um homem ou uma garota não for sensível, não serve. Poucos sabem que a sensibilidade também é motivo de dor de cabeça. Em demasia, pode causar ansiedade, stress, irritabilidade, e transformar a vida dos sensíveis em uma sucessão de transtornos. É isso o que afirma a psicoterapeuta americana Elaine N. Aron, autora do livro Use a sensibilidade a seu favor (Ed. Gente), que acaba de ser publicado no Brasil. Primeira de uma série de quatro obras dedicadas ao tema lançadas nos Estados Unidos, a publicação investiga o que leva as pessoas a, por exemplo, se apavorar em locais barulhentos, chorar com facilidade ou colocar a mão na frente dos olhos diante de cenas de violência. Quem apresenta esse tipo de comportamento, segundo a autora, pode ser uma Pessoa Altamente Sensível (Highly Sensitive Person). O termo, cunhado por ela nos anos 90, é hoje bastante comum nos consultórios americanos. “Alta sensibilidade é característica de pelo menos 15% da população. O indivíduo processa as informações sensoriais de maneira mais profunda. Quando há estimulação intensa, o sistema nervoso sensível é esmagado. Isso pode alterar sua relação com o ambiente e com os outros”, explica Elaine.
Esmagado é uma boa definição para o sentimento que abate a estudante paulista Luisa Destri, 17 anos, sempre que escuta buzinas, alarmes de carro, ou quando ninguém atende o telefone. “Tenho vontade de jogar o aparelho no chão ou matar quem deixa o alarme disparar”, diz Luisa. Ela também se sente mal quando, em uma festa, a luz estroboscópica – aquela que pisca freneticamente – é acionada. “É como se eu ficasse tão incomodada que seria capaz de fazer qualquer coisa para fugir daquela situação”, conta. Dar valor excessivo a sons que outras pessoas não notam ou se sentir desconfortável com luz intensa são, segundo Elaine, sintomas comuns de alta sensibilidade. Da mesma forma, a possibilidade de sentir dor faz outras pessoas altamente sensíveis perderem as estribeiras. “Quando tinha nove anos, desmaiei durante um exame de sangue. Desde então, sempre que tenho de tomar vacina eu choro, faço um escândalo”, lembra Fernanda Sato, 17 anos, amiga de Luisa. Com o tempo, Fernanda percebeu que ir sempre ao mesmo laboratório a deixa calma. “Lá, a equipe já me conhece e me deixa tomar vacina deitada para prevenir um eventual desmaio”, conta Fernanda.
Aprender a superar as intempéries do ambiente e a driblar situações (e os comentários) desfavoráveis – muitas vezes causadas por parentes, colegas e professores – faz parte do manual de sobrevivência das Pessoas Altamente Sensíveis. Não raro, elas cresceram com a pecha de bebês chorões, crianças chatas e adolescentes tímidos. “Como a alta sensibilidade é uma característica natural, é errado e impossível querer eliminá-la. Mas os psicanalistas podem ajudar a desenvolver estratégias para lidar melhor com o mundo”, diz Elaine. O estudante de direito Joaquim Mariano da Costa Neto, 24 anos, aprendeu na marra a superar o que Elaine chama de “desconforto social”, um eufemismo para a timidez, uma das demonstrações mais comuns de alta sensibilidade. Ele é do tipo perfeccionista, que supervaloriza a reação dos outros e fica magoado quando recebe uma resposta atravessada. “Às vezes fico remoendo durante um tempão. Outra vezes posso estourar e responder no mesmo tom, o que acaba sendo um alívio”, diz. Joaquim cursa direito no Largo São Francisco (USP) e já descartou qualquer possibilidade de encarar um júri com platéia lotada, como nos filmes americanos. “Hoje, convivo bem com meu jeito. Minha sensibilidade me faz pensar antes de falar. Sempre procuro imaginar o que os outros vão achar do meu comentário e tomo cuidado para não agredir ninguém. Até porque sei muito bem o que é se sentir mal por causa de uma crítica mal colocada”, explica.
Neurótico? Nada disso. Para Elaine, a alta sensibilidade é uma característica comum demais para ser encarada como uma neurose e também difere dela por ser inata, nunca resultado de um conflito ou de um trauma. “E, se por neurótico entende-se alguém afetado por sentimentos como ansiedade, depressão, irritabilidade ou timidez, minha pesquisa indica que isso só acontece com quem viveu uma infância difícil. Determinar que elas sofrerão problemas é o mesmo que dizer que pessoas de pele clara terão câncer de pele”, compara a psicóloga. Em outras condições, pessoas altamente sensíveis sabem aproveitar seus poderes natos, como a capacidade de apreciar obras de arte, intuir com facilidade e, por serem reflexivas e atentas, raramente cometer erros. Responda ao teste para saber se você também é altamente sensível.
Silene Palmeira/ Azenilda Santos

Álvaro, J. L. & Garrido, A. (2003). Psicología social perspectivas psicológicas y sociológicas. Madrid: McGraw-Hill/Interamericana, S.A.U.

O livro Psicología Social perspectivas psicológicas y sociológicas, escrito pelos professores José Luiz Álvaro e Alicia Garrido, é uma obra de grande importância, principalmente num momento em que a psicologia social no Brasil se expande e ganha novos e distintos olhares.
Poderíamos defini-lo como um manual introdutório, mas cometeríamos um equívoco ao limitá-lo a um trabalho que teria como propósito resumir e concentrar o conhecimento relativo a uma dada ciência ou arte. Os autores revisitam, através de um profundo cuidado histórico, as principais teorias que constituíram e constituem esse campo hoje delimitado como Psicologia Social. Essa visita se faz através de uma responsável preocupação ontológica, o que torna o texto um referencial básico para professores, alunos e profissionais que vêem na Psicologia Social um campo de atuação e de viabilização de seus estudos e de suas práticas.
Ao adotar o arriscado processo de reconhecer e posicionar-se frente a uma dupla origem da área – a psicologia e a sociologia – os autores desafiam e superam, com louvor, as possíveis críticas sobre o risco da constituição da dualidade e a penúria de uma concepção autônoma para a Psicologia Social, utilizando para isso uma análise criteriosa das teorias que a foram constituindo e lançando mão da contextualização das concepções epistemológicas e metodológicas que dominavam cada período histórico por eles abordado. Ainda que muitos discordem dessa paternidade (ou maternidade) compartida, o desenrolar do texto mostra a Psicologia Social como um variado território de intercessões que pode inclusive dar margem a um tratamento de 'psicologias sociais'. É, basicamente, a utilização do recurso de contextualizar historicamente a partir das concepções epistemológicas e históricas, que viabiliza a estruturação dos capítulos do livro. Essa trajetória, marcadamente histórica não se resume, porém, a uma abordagem linear - no sentido moderno do termo -, mas implementa a compreensão de uma multiplicidade de origens e de condicionantes para a constituição de um território tão fronteiriço entre duas disciplinas.
O livro inicia sua análise no contexto onde a psicologia e a sociologia reivindicam seu estatuto de autonomia frente à filosofia. O processo de independência e consolidação dos dois conhecimentos levou os autores a utilizarem o recurso "geográfico" do surgimento das ciências sociais para explicar a constituição da Psicologia Social; ou seja, o acento é posto no contexto social e cultural onde nasciam as idéias. Essa forma de abordagem é diferente da adotada nos demais capítulos, onde a explicação lança mão do conhecimento teórico proveniente tanto da psicologia como da sociologia, já suficientemente constituídas no espaço do saber científico.
O marco do surgimento da psicologia como disciplina independente é ratificado pelo lançamento dos dois primeiros manuais An introduction to Social Psychology, do psicólogo William McDougall, e Social Psychology: An Outlineand a Source Book, do sociólogo Edward Ross. Nesse momento os autores têm a preocupação de não vulgarizar sua percepção da dupla constituição da Psicologia Social, apelando apenas para a origem dos autores nas duas diferentes disciplinas, pois lançam as bases da construção das idéias aí contidas num considerável apanhado epistemológico. Apontam em McDougall as influências da Völkerpsychologie de Wundt, além da Psicologia da Gestalt – Wertheimer, Kofka e Kohler e do Condutismo de Watson e em Ross as influencias da teoria social através de autores como Weber, Simmel e Cooley. É também nesse apartado do livro que, ao meu ver, fica denotada a importância - talvez não suficientemente explorada em boa parte das escolas brasileiras – do interacionismo simbólico e da obra de George Mead, naquela que é por muitos apontada como a mais sociológica das teorias psicológicas ou mais psicológica das teorias sociológicas.
Na seqüência do texto, ao relevar o domínio do positivismo lógico - fundamental na tese da unidade da ciência - poderia haver margem para pensar a aproximação entre as duas vertentes, mas fica claro que o impacto desse domínio teve distinta conotação nos espaços psicológico e sociológico. Na sociologia americana desenvolveu-se o funcionalismo estrutural com forte influência de Talcon Parsons, enquanto na Europa, sob a influência marxista, houve a configuração da Escola de Frankfurt. Na psicologia, por outro lado, havia uma forte influência do condutismo. No entanto, a psicologia social pareceu relativamente imune à influência hegemônica do condutismo, considerada a corrente mais representativa do "neopositivismo".. A dificuldade em considerar uma explicação do comportamento social isenta dos desígnios da consciência ou dos processos mentais superiores foi o que propiciou uma forte influência da Psicologia da Gestalt, representada principalmente através do pensamento de Kurt Lewin e seus estudos sobre os comportamentos grupais; e também dos trabalhos de Vygotski sobre a gênese cultural da consciência, embora de uma forma muito discreta e quase marginal. Fica claro na observação feita pelos autores que a influência psicológica nos estudos da Psicologia Social parece mais representativa nesse período - a diferença do período anterior onde a sociologia parece haver dominado – e isso é explicado pela maior adaptabilidade da psicologia aos princípios do positivismo lógico. A influência positivista também serve de explicação para a perda de relevância do interacionismo simbólico, por esse não se adequar ao modelo de cientificidade dominante.
No transcurso dessa história da Psicologia Social percebe-se a preocupação no texto em recorrer constantemente a uma análise da filosofia da ciência, para com isso compreender a repercussão, na configuração da psicologia social, das transformações ai operadas. A crise do positivismo lógico e a conseqüente revisão dos pressupostos que constituíam o suporte da análise da atividade científica possibilitaram, a partir da década de 1970, o acolhimento de diferentes propostas já não tão fiéis às crenças na atividade racional, na objetividade e na existência de um único método a ser seguido pelas "ciências". Os determinantes históricos e sociais começavam a ter relevância no desenvolvimento da atividade científica. O texto ressalta ainda que a crise do positivismo lógico teve também sua repercussão na sociologia da ciência, de forma especial com a contribuição do pensamento de Kuhn, destacando a consideração dos métodos de validação do conhecimento científico ao lado dos fatores históricos e sociais. A crise da Psicologia Social sofrida no princípio dos anos 1970, conseqüência da crise das ciências sociais como um todo, acabou constituindo-se em um espaço potencialmente aberto a novas contribuições do pensamento. Na psicologia deu-se a relevância das correntes que iriam questionar a adequação do método científico, numa alusão clara à prisão a que estiveram submetidas quando do domínio do positivismo lógico. Entretanto, como destaca o texto, no território da psicologia elas não ficaram restritas a isso, como bem comprovam as perspectivas trazidas com a cognição social, e também contribuições sobre as relações intergrupais e sobre as representações sociais, através de nomes como Tajfel e Moscovici, respectivamente. No território sociológico, os autores destacam o ressurgimento do interacionismo simbólico com Stryker, a teoria da estruturação de Giddens, a teoria da figuração de Elias e o construtivismo estruturalista de Bourdieu.
O percurso histórico desenvolvido pelos autores deixa claro que a proposição sobre a autonomia de uma disciplina, ancorada numa divisão e distinção com outras disciplinas - herança talvez da lógica científica que dominou parte do século XX –, tem na Psicologia Social uma limitação lógica, tratada nas palavras dos próprios autores.
"A psicologia, cuja pretensão inicial foi o estudo científico da mente, teve que assumir de súbito que a mente humana não surge nem se desenvolve num vazio social, se não que é produto da interseção da pessoa dentro de uma coletividade. O mesmo se pode dizer da conduta individual. A sociologia, por sua parte, que surgiu com a pretensão de converter-se no estudo científico da sociedade, tampouco pode ignorar em suas análises a existência de fatores psicológicos ou individuais que influem no comportamento social". (Álvaro & Garrido, 2004, p. 7). [Tradução livre]
Ora, a Psicologia Social é o espaço de interseção entre essas duas premissas. Pensar o indivíduo separado da sociedade ou a sociedade sem os indivíduos é um exercício de impossibilidade ou de vazio da realidade.
A forma como as idéias estão colocadas no texto permite uma assimilação do que pretendem os autores, ou seja, lançar mão das premissas epistemológicas e metodológicas para dar sentido à Psicologia Social. O livro mostra a cara das diversas teorias que desvelam o espaço da Psicologia Social e - o que é um aditivo - mostra também a cara – literalmente – dos teóricos que as preconizam. É sem dúvida uma mostra de trabalho sério e de qualidade realizado pelos professores Álvaro e Garrido. Um convite àqueles que queiram desvelar também sua vinculação com a Psicologia Social, seja na perspectiva psicológica, seja sociológica ou na independente.